Caminhos das Conferências: Jequié
A Conferência Territorial de Cultura mobiliza hoje (18.10) e amanhã (19.10) as cidades de Baixa Grande e Jequié. Conheça um pouco mais sobre estas cidades.
JEQUIÉ
A 365 quilômetros da capital baiana, Jequié fica no sudoeste da Bahia e é também conhecida como “Cidade do Sol” ou “Chicago Baiana”. Está situada na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata, sendo habitada por 151.921 jequieenses (IBGE/2010) que vivem no calor do semi-árido, com a temperatura chegando a atingir picos de 45° no verão. Faz divisa com as cidades de Jitaúna, Apuarema, Manoel Vitorino, Jaguaquara, Lafaiete Coutinho e Maracás.
O nome Jequié é uma derivação da palavra Jaquieh, cujo significado é “onça” na língua dos povos indígenas jês ou tapuias. Considera-se também que possa ter alguma relação com a palavra “Jequi”, isto é, cesta de apanhar peixes, levando-se em consideração que a algumas tribos tapuias assimilaram elementos culturais do tupi, inclusive o vocábulo.
ECONOMIA E TURISMO
Atraindo cerca de 60 mil turistas no período junino, o São João de Jequié é um dos mais conceituados do Estado. Inclui-se também a corrida ciclística, o torneio de futebol, o campeonato de vôlei, mountain bike e motocross, a Exposição Agropecuária e Industrial e a Feiras de Agronegócios.
Entre os pontos turísticos da cidade estão: Museu Regional de Jequié, Casa de Cultura Pacífico Ribeiro, Catedral de Santo Antônio, Cachoeira do Rio das Pedras e a Prainha.
Jequié se desenvolveu fundamentalmente devido à agricultura e à pecuária. Entre os plantios, são mais expressivos os de cacau, café, cana-deaçúcar, maracujá e melancia. Na pecuária, destaca-se a bovinocultura e a caprinocultura. Possui também reservas de ferro, mármore e calcário.
O poliduto de derivados de petróleo e álcool é mais outro atrativo na economia de Jequié. Ele proporcionou a implantação das bases de distribuição das maiores empresas do setor, como a Petrobrás, a Esso e a Shell. A cidade tem condição de principal centro de distribuição de derivados de petróleo indo até parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Tendo posição estratégica na microrregião, Jequié tem um comércio bem diversificado e absorve parte das pessoas empregadas. A cidade possui 302 empresas do setor industrial (micro, pequena, média e grandes empresas), 1.020 do setor de comércio, 1.230 do setor de prestação de serviços. A cidade ainda conta com um Distrito Industrial formado por mais de 24 empresas voltadas para produção de alimentos, calçados e confecções, que emprega ao todo mais de 1.400 funcionários.
HISTÓRIA
Originária da sesmaria do Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, Jequié foi vendida a José de Sá Bittencourt, refugiado na Bahia após fracasso da Inconfidência Mineira. Em pouco tempo, o local tornou-se distrito de Maracás, e se desmembrou em 1897.
A partir de 1910 é que se tornou cidade e se transformou em um dos maiores e mais ricos municípios baianos. A cidade se desenvolveu a partir de movimentada feira que atraía comerciantes de toda a região ao final do século XIX. Pertencente ao município de Maracás de 1860 a 1880, Jequié abastecia as regiões Sudeste da Bahia, assim como a bacia do Rio das Contas.